sexta-feira, 14 de novembro de 2008

GILBERTO ISQUIERDO

Natural de Jaguarão, sul do Brasil, cidade fronteira com o Uruguai, mas é em Pelotas/RS que nasce o artista visual e compositor. Pós-graduando em Atenção Psicos-social pela Faculdade de Enfermagem e Obstetrícia da UFPel (2008), Pós-graduado em Arteterapia pelo Isepe - Faculdade de Ensino Superior Mal. Cândido Rondon, Curitiba/PR (2005) e Bacharel em Artes Visuais – Habilitação em Escultura pelo IAD UFPel (2000), é nas artes visuais que desenvolve desde os anos 80 extensa atuação com inúmeras exposições individuais e coletivas no País e exterior.


Em meados dos anos 80 é que os "ensaios" Sons do Silêncio começam a acontecer. Ao longo de duas décadas, o artista silenciosamente compõe centenas de músicas que são leituras, reflexões e olhares sobre sua própria realidade. Nos anos 90, integra e participa de diversos grupos (Coxilha/86, Natofício/90 e Voz e Cordas/93), CDs (XII Femup/98, I Canto Jaguarense/2001, Campurba-no/2004) e tem algumas aparições em festivais nativistas (Charqueada/89, VII Terra e Cor/98, Femup-PR/98, VI Feargs/2004). É nos festivais "fechados", laboratórios de criação (Manancial/91 a 95 e Paradouro do Minuano/97 a 2008) que o artista/compositor se sente à vontade para compor obras com uma identidade pampeana. Em 2004 lança o CD “Campurbano”. Um experimento discográfico limitado a 50 unidades, elaborado artesanalmente, com cópias assinadas e numeradas individualmente pelo próprio artista. Uma marca do artista que reverencia os fazeres artesanais e as culturas populares. Visando resgatar os 20 anos de sua produção musical "silenciosa", em 2007 grava de forma independente seu primeiro trabalho solo, intitulado “Sons do Silêncio”, norteado por uma sonoridade introspectiva e intuitiva, alicerçado na musicalidade brasileira e na sonoridade do universo do "Grande Pampa".



Composto somente por músicas próprias e inéditas, o artista, através de um fazer reflexivo e intimista, constrói uma linha poética embasada pela guarda de impressões, como ideologias políticas e existenciais, lugares, sentimentos, pessoas e cenas do cotidiano, procurando despertar as mais variadas sensações, instigando os mecanismos silenciosos do espectador ao questionamento e a sua própria imaginação.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

SONS DO SILÊNCIO

Ali estava eu... entressonhando imagens. No entanto, estas eram imagens sonoras, como aquelas que a alma humana capta junto ao murmúrio da água na pedra. Como quando nos aproximamos de uma cachoeira e ouvimos antes a sinfonia da água e já desenhamos o quadro em nossa mente antes mesmo de propriamente vermos a imagem. Sonoridades naturais. Ali estava eu, sim, vendo o som da regionalidade sulina junto à universalidade humana. Testemunhando a sensibilidade, enfim. Cada composição, criada como quem pinta um quadro, como quem cria no olhar uma paisagem pampeana... Tantos nuances de sons e imagens guardados nas gavetas da memória agora estavam ali, se mostrando. Sem alarde, posto que não era necessário nada mais do que ser e estar... ser e estar... como a água pura de um arroio caindo na pedra. Como a imagem e o som se formando na alma da gente. Eu te saúdo e te agradeço, confrade e amigo Gilberto Isquierdo, por – de certa maneira – deixares que também eu, ao te assistir e escutar, possa ter feito parte desse quadro pintado por ti. Um quadro de sons e de imagens. Água cantora para os meus ouvidos, imagem clara e inesquecível para o meu olhar.

Martim César
Inverno / 2008








APRESENTAÇÃO

O espetáculo Sons do Silêncio é um convite ao olhar interior, a observar o mais simples num tema gerador de profundas percepções. Onde o extremo efêmero do orvalho ganha intensa vida de sentidos, e a semente suicida morre para germinar. O laborar cotidiano tece a busca pela plenitude. O show une a apreciação com a vivência, possibilita sentir a estética da forma mais ampla, emaranhando som, palavra, luz e cor. Não há como estar fora do espetáculo! O contraste se harmoniza entre os opostos, pois o som e a poesia levam ao mais profundo e frio silêncio individual, enquanto a cor e a luz presentes no palco incendeiam o calor humano vindo das relações. Cada músico, com sua particularidade, é essencial na concepção sonora, onde os contrastes também estão presentes. Há um contraponto da voz grave de Gilberto com instrumentos agudos como o violino. O som traz elementos nativistas, mas vai muito além do tradicionalismo... Agrega violino, piano, cordas de aço e toma a história apenas como meio para reler os significados do hoje. O espetáculo abrange um paradoxo de "movimento estático", "contraste harmônico", assim como o "som do silêncio".
O cenário, de Otávio Augusto Lima, é composto por luz e cores que acompanham a linguagem visual do CD, refletidas com movimento, num cenário estático de tecidos, adaptável ao espaço cênico.


O DISCO SONS DO SILÊNCIO


Gravado no Estúdio Luvi entre novembro e dezembro de 2007.

Técnica ~ Victor Burck Duarte
Mixagem ~ Gilberto Isquierdo, Silvério Barcellos e Victor Burck Duarte
Masterialização ~ Marcos Abreu
Produção Musical ~ Silvério Barcellos
Produção Executiva ~ Gilberto Isquierdo
Arte e Fotografia ~ Emerson Ferreira e Valder Valeirão
Projeto Gráfico ~ Nativu Design

MÚSICAS
01 . Indagações - Gilberto Isquierdo
02 . Vida - Ricardo Costa / Gilberto Isquierdo
03 . Tento Universal - Gilberto Isquierdo
04 . Normais - Ricardo Costa / Gilberto Isquierdo
05 . Ôntico - Ricardo Costa / Gilberto Isquierdo
06 . Licença pra Sorrir - Juarez Machado de Farias / Gilberto Isquierdo
07 . Pras Invernias - Gilberto Isquierdo
08 . Abuzaia - Gilberto Isquierdo
09 . Cativo - Gilberto Isquierdo
10 . Nosso Cerne - Gilberto Isquierdo

OS MÚSICOS

Aluísio Rockembach

Músico, compositor, produtor e arranjador de diversos traba-lhos na música gaúcha, Aluísio Rockembach vem participando de festivais nativistas há aproximadamente 7 anos, conquistando vários prêmios de melhor instrumentista e também como melhor compositor. Dentre os mais importantes festivais, destacam-se o Reponte da Canção Nativa de São Lourenço do Sul, Martim Fierro de Santana do Livramento, Reculuta de Guaíba, Galponeira de Bagé, Comparsa de Pinheiro Machado, Sapecada de Lages/SC, Gauderiada de Rosário do Sul, Círio de Pelotas, Canto dos Cardeais de Canguçu, entre outros. Como instrumentista, já acompanhou vários nomes da músi-ca gaúcha e latino-americana, como Joca Martins, Fabiano Bachieri, Marcelo Oliveira, Lizandro Amaral, Shana Müller, Jari Terres, Maria Conceição e Lúcio Yanel. Uma de suas importantes participações foi ao lado do Maestro Sérgio Sisto no Concerto de Primavera, juntamente com o coral Sociedade Pelotense Música pela Música, em 2005. No ano de 2007 participou duas vezes da gravação do Programa Galpão Crioulo, da RBS TV, a primeira no Reponte da Canção Nativa, de São Lourenço do Sul, e a segunda em comemoração aos 25 anos do programa, na cidade de Pelotas. Além de seu trabalho independente, é integrante do grupo que acompanha o cantor Luiz Marenco. Seu primeiro trabalho será lançado neste ano de 2008, o CD intitulado “Santa Flor”.



Leonardo Oxley

Bacharel em violino pela Universidade Federal de Pelotas, onde atuou como professor do Instituto de Letras e Artes e do Conservatório de Música. Integrou o Conjunto de Música Antiga e o Quarteto de Cordas da mesma universidade. Atuou como primeiro violino da Orquestra Sinfônica de Pelotas. Trabalhou ao lado de grandes nomes da música como Dércio Marques, Joca Martins, Kleiton & Kledir, Luiz Marenco, Oswaldo Montenegro, entre outros. Participa como instrumentista e arranjador de trabalhos fonográficos. Foi premiado nacionalmente como diretor musical pelos espetáculos teatrais “Maragato” e “Em Nome de Francisco”, monta-dos pelo Teatro Escola de Pelotas e dirigidos por Valter Sobreiro Júnior. Recebeu menção honrosa pela trilha sonora do curta de animação “O Jogo do Osso”, baseado no conto do mesmo nome de João Simões Lopes Neto, produzido pelo estúdio Laços, de André Macedo, no 1º GRANIMADO, festival de animação que acontece junto ao festival de cinema de Gramado, obra que está sendo exibida internacionalmente. Atualmente responde pela regência, arranjos, preparação vocal e performance instrumental do Coral UCPel. É professor do Curso de Produção Fonográfica da mesma Universidade.



Silvério Barcellos

Nascido em Encruzilhada do Sul e residente em Pelotas há 9 anos, Silvério Barcellos é músico de profissão, instrumentista e arranjador. Iniciou sua formação musical em 1997 e, desde então, vem participando do cenário musical do Rio Grande do Sul, sobretudo dos festivais musicais gaúchos. Neste contexto obteve diversas premiações, dentre as quais destacam-se os primeiros lugares na III Canoa da Canção Nativa, realizada em Canoas; no XXI Reponte, em São Lourenço do Sul; na XXIII Ronda de São Pedro, em São Borja, na XIII Estância da Canção Gaúcha, em São Gabriel, na 6ª edição de Um Canto para Martin Fierro, em Santana do Livramento, e na XVI Vigília do Canto Gaúcho, realizada em Cachoeira do Sul. Com os melhores arranjos, foi premiado na II Galponeira de Bagé, na XI Jerra da Canção, em Santa Vitória do Palmar, no XXII Reponte e em outros. Trabalha ao lado de intérpretes renomados no meio nativista como Fabiano Bachieri, Xirú Antunes, Luiz Marenco, Lúcio Yanel, Leonel Gómez, Marcelo Oliveira e outros. É integrante desde janeiro de 2006 do grupo que acompanha o cantor e intérprete Lisandro Amaral. Acompanhou outros músicos em diversos estilos musicais da América Latina como zamba, chacarera, milonga e chamamé, com atua-ções no Chile, Uruguai e em outros estados do Brasil. Busca influência também em repertórios que vão da bossa nova ao choro.



Délia Louzada

Natural de Pelotas, é pianista graduada pela Universi-dade Federal de Pelotas no Curso Superior de Música, Bacharelado em Piano. Participou de vários cursos de aperfeiçoamento, master classes e diversos projetos musicais. Atua em inúmeros concertos em Pelotas e região como intérprete e camerista. É professora de piano e desenvolve atividades didáticas e culturais, música popular e erudita.





Fabrício “Pardal” Moura


Músico jaguaraense radicado há doze anos na cidade de Pelotas, iniciou sua carreira como percussionista do grupo Acalanto Latino, constituído em Jaguarão. Poste-riormente, dedicou-se à execução de outros instrumentos, como o violão, cavaquinho, charango, bandolim, cuatro venezolano e o baixo elétrico, que é um dos isntrumentos que executa com mais freqüência. Com presença constante em projetos e gravações locais, atua regularmente em festi-vais nativistas, bem como, atualmente, integra o grupo do cantor nativista Luiz Marenco.



Jucá De Leon

Músico percussionista que tem sua matriz musical basea-da na música negra em geral, atua profissionalmente há 17 anos e tem sua percussão em mais de 80 CDs de diversos gêneros musi-cais, como samba, reggae, MPB, flamenco, hip hop, salsa, choro, música gaúcha, entre outros. Possui participação em dois discos de ouro da música gaúcha e dois prêmios Açorianos de música. Atuou também como músico em diversas cidades do Brasil e da América do Sul, sendo, recentemente, escolhido como melhor instrumen-tista no último Festival de Música do Mercosul, realizado na cidade de Gravataí (RS).

O SHOW


ROTEIRO DO SHOW
(locais mais apropriados, tempo de duração)

VOZ E VIOLÃO

Um show tranqüilo e simples em que a voz e o violão de Gilberto Isquierdo aproximam platéia e compositor, onde a interação se instala pela intimidade do artista.Ideal para espaços alternativos (Bares, Pub`s, Salas e Ambientes Culturais de pequeno formato), até oitenta(80) pessoas. Duração de 60 minutos com a possibilidade de duas (2) apresentações na mesma data.

ACÚSTICO

Compostos pelos músicos Silvério Barcellos (violão), Fabrício "Pardal" Moura (baixo semi-acustico), Leonardo Oxley Rodrigues (violino e viola) e Jucá De Leon (percussão) que complementam a presença de Gilberto Isquierdo dando vida e aconchego à apresentação.O acústico se caracteriza pela harmonia sonora construída pelos instrumentos de cordas e percussão sem perder a interatividade com o público. É uma proposta para espaços culturais como: Teatros, Auditórios e Salas Acústicas com capacidade até 500 pessoas. Com o tempo de duração em torno de 70 minutos, traz a cenografia adaptável e coerente de Otavio Augusto Lima, dando um toque pulsante ao espetáculo.

ESPETÁCULO COMPLETO

Show que desperta e sensibiliza. Um show completo com som, luz e cenário. Com duração de 75 minutos, possui cenografia idealizada por Augusto Lima com sonorização e iluminação de um grande espetáculo musical. Em seu corpo estão os instrumentistas Silvério Barcellos (violão), Fabrício "Pardal" Moura (baixo semi-acustico), Leonardo Oxley Rodrigues (violino e viola), Juca De Leon (percussão), Delia Louzada (piano) e Aluisio Rochemback (acordeon). Teatros, Casas de Espetáculos e Locais Culturais Abertos para grandes platéias são os espaços adequados que comportam o Projeto Musical Sons do Silêncio.